Até o mês de agosto deste ano, a cidade contabilizou 71 ocorrências
A cidade de Sorocaba registrou nesta quinta-feira, dia 15, a segunda morte provocada por meningite, em 2016. Segundo o setor de Vigilância Sanitária da Secretaria da Saúde do Município, o paciente, era um menino de 8 anos, passou pelo Pronto Atendimento da Zona Oeste e foi encaminhado à ala do Hospital Gpaci, que concentra o atendimento prestado às crianças. Porém, o pequeno não resistiu à gravidade do quadro e morreu. Um exame preliminar detectou a doença.
Segundo o Serviço de Comunicação do Paço (Secom), "Não há evidência clínica ou comprovação laboratorial até o momento de que o quadro seja de ordem bacteriana, a mais perigosa". Exames são realizados pelo Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, mas os resultados só devem ficar prontos na semana que vem.
O garoto era aluno da escola municipal Odila Caldini Crespo, no bairro Recreio dos Sorocabanos. Não houve necessidade de proceder ao bloqueio da unidade de ensino, já que o risco de contágio foi afastado.
Casos estão diminuindo, mas ainda preocupa
a cidade contabilizou 71 ocorrências e um óbito causados por meningite ante 78 do mesmo período de 2015. Os números mostram uma tendência de diminuição no comparativo a anos anteriores: em 2015 todo, por exemplo, foram 125 registros confirmados da doença e 10 mortes; em 2014, 135 e 12, respectivamente.
Na série histórica 2010-2016, a maior quantidade de casos (158) foi observada em 2013, ano em que também foram registrados mais óbitos decorrentes da doença: 19. Assim que o caso de meningite bacteriana é confirmado, a DVE inicia todo um pro
cesso de "bloqueio medicamentoso", para evitar a disseminação da doença.
Contágio e sintomas
No caso da meningite bacteriana, a mais grave, a doença pode ser transmitida por espirros, tosse, saliva, bem como pelo compartilhamento de talheres e copos, entre outras formas. Para ocorrer o contágio, basta que o responsável por transmiti-la tenha em seu organismo a bactéria.
A VE esclarece que entre as medidas preventivas que devem ser adotadas para evitar o contágio destacam-se o ato de cobrir o nariz e a boca quando espirrar ou tossir; lavar as mãos com frequência com água e sabão, ou álcool em gel; não compartilhar copos, talheres e alimentos; não levar as mãos à boca e olhos; evitar aglomerações e locais pouco arejados, e manter ambientes sempre limpos e ventilados.
O paciente com meningite apresenta, entre outros sintomas, febre alta, dor de cabeça, indisposição, vômitos e rigidez na nuca. Em crianças, febre, irritação, choro constante e abaulamento da "moleira", sem necessariamente rigidez na nuca. Se não tratada rapidamente, a doença -- principalmente a bacteriana, que é mais preocupante --, pode desencadear confusão mental, coma e óbito.